A Secretaria de Agricultura e Epagri de Sul Brasil estimam que dos 1200 hectares de lavoura ocupados para o milho nesta safra, 360 serão replantadas em função do ataque da lagarta-do-cartucho e espécies semelhantes, que reaparecem após muitos anos sem registro de grandes estragos. O ciclo de reprodução da lagarta foi favorecido e infestou a região, como explica o engenheiro agrônomo do Município, Geri Marcos Signor. “O largo período de tempo seco e nesta época beneficiou a reprodução dessas pragas para lavoura. Outro fator foi a geada que matou várias vegetações das lagartas, e o milho nasceu bem no ciclo das lagartas, onde elas foram buscar seu alimento”, explica. O engenheiro agrônomo da Epagri, Gabriel Deobald, comenta que além da lagarta-do-cartucho, o percevejo, a lagarta rosca, outras pragas também atacam o milho e as pastagens, e o combate pode ser feito com pulverização. “A Epagri está à disposição do produtor de milho para auxiliar com orientações técnicas”, dispõe. Para o secretário de Agricultura, Vantoir Debiasi, a situação é severa e os produtores têm prejuízos que trarão reflexos para a produção leiteira nos meses seguintes. “O ataque das lagartas iniciou um ciclo de prejuízos em toda cadeira agrícola. Agora o agricultor tem um custo que não estava no planejamento com serviço de trator, nas sementes e com inseticidas, além de atrasar o amadurecimento do cultivo e consequentemente gerar um acúmulo no momento de fazer a silagem ou de ceifar a produção”, explica.