Novo tratamento para varizes utiliza injeção de espuma

Uma nova proposta de tratamento vascular foi apresentada durante reunião do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde da Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), na última semana, em Chapecó. No tratamento é utilizada espuma (resultado da mistura de Polidocanol com uma pequena quantidade de ar ambiente), injetada na veia, o que provoca uma fibrose e causa seu desaparecimento.

O tratamento pode ser semanal ou mensal, e é realizado por sessões em segmentos de veias varicosas reticulares. De acordo com os médicos Fernando Bonetto Skinko e Alex Lazzari Dornelles, é possível realizar sessões no período de 30 até 40 dias. “Após o procedimento, o membro no qual foi feita a injeção de espuma é enfaixado por até 72 horas, podendo ser retirada a proteção para a higiene pessoal e para dormir. O objetivo é aumentar o contato da parede interna da veia e ampliar a ação do esclerosante”, explicaram.

Ainda entre as orientações e cuidados que o paciente deve ter estão de evitar o sol diretamente sobre a área tratada por, no mínimo, 30 dias e após esse período sempre utilizar filtro solar a cada duas horas ou pelo tempo que permanecer exposto ao sol.

Conforme pesquisas e levantamentos, as complicações gerais decorrentes da aplicação com espuma são raras em função do pequeno volume injetado. Entre os casos já identificados estão a formação de uma tromboflebite farmacológica na veia que recebeu a espuma; a formação de um pequeno coagulo que deve ser drenado em até 10 dias após o tratamento e a hipercromia no trajeto da veia. Os pacientes são alertados para a possível ocorrência dessas complicações, pois ainda não se sabe qual tipo de pele pode ocasionar a mancha. Até o momento, foram registradas em menos de 30% dos casos e, ao final de um ano, 70% das manchas desapareceram, pois, quanto mais próxima a veia estiver da pele, maior é a probabilidade de surgir complicações.

O número de aplicações dependerá da quantidade de varizes que o paciente apresentar.

Outro tema da reunião foi o atendimento no Hospital Regional do Oeste (HRO). O assessor jurídico Paulo Wincler e o diretor geral do HRO Osmar Arcanjo Oliveira explicaram que devido a problemas financeiros as cirurgias eletivas continuam suspensas e que somente serão realizados os procedimentos que não ultrapassem o teto pago pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

ELEIÇÃO

Para finalizar ocorreu eleição da nova diretoria do Colegiado. Integram a diretoria a coordenadora Lucila Favareto, vice-coordenadora Karin Roberta Marocco, secretária Cleidenara Weirich e 1ª secretária Sidonia Merisio.

MB Comunicação