Centro de Referência para formação em políticas sobre drogas será implantado na região da AMOSC

O projeto do Centro Regional de Referência para Formação em Políticas sobre Drogas (CRR) foi aprovado durante reunião do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde da Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), no Sítio Lucca, em Chapecó.

A iniciativa, desenvolvida pela AMOSC por meio das áreas da saúde, educação e assistência social, em parceria com a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), tem como objetivo criar e instituir uma estrutura na região oeste voltada à formação permanente de profissionais para o enfrentamento da problemática do crack e outras drogas.

A qualificação de trabalhadores das redes de saúde estará voltada tanto para identificação das situações em que o uso é prejudicial quanto ao desencadeamento de estratégias para o manejo adequado a partir dos equipamentos sociais/comunitários e sanitários que o Estado brasileiro possui. Entre as ações previstas estão a realização de cursos de instrumentalização para o diagnóstico e a intervenção aos usuários, a criação de um fórum permanente de articulação entre gestores e atores sociais voltados a problemática, o estímulo de ações de educação popular em saúde sobre o uso de crack e outras drogas.

Estudos epidemiológicos recentes retratam o consumo abusivo de álcool e outras drogas no País como um importante problema de saúde pública na contemporaneidade.“Não há como negligenciar um problema que assume proporções em escala crescente, e consequentemente, é responsável por impactos nos mais diversos setores da administração pública, impacta a qualidade de vida nas cidades e o bem-estar geral”, argumenta a equipe de execução do projeto.

A meta do projeto é qualificar 210 profissionais do oeste catarinense que atuam na rede de atenção à saúde e à assistência social para a atenção interdisciplinar e intersetorial para identificação e intervenção do uso abusivo e dependência de crack e outras drogas.

PROFIS

Os secretários municipais de saúde da microrregião conheceram a Sociedade de Promoção Social do Fissurado Lábio Palatal em Chapecó (PROFIS), que apresentou uma proposta de criação de um núcleo de atendimento. O objetivo é reduzir o número de viagens a Joinville e Bauru para procedimentos simples e agilizar o atendimento que proporcionará resultados mais eficazes

A fissura lábio palatina é a mais comum das más formações no nascimento de crianças. Estima-se que uma a cada 700 nasçam com a má formação. O tratamento e acompanhamento levam mais de 20 anos e é realizado em alguns centros especializados. Em Santa Catarina, as estruturas estão localizadas nos municípios de Joinville e Blumenau.

Atualmente em Chapecó são 75 pessoas em tratamento. Nos municípios do CIS/AMOSC são 247 pacientes atendidos no Centrinho de Joinville. Nos municípios da microrregião da AMOSC são 121 pacientes. Estima-se que na região oeste são mais de 600 pessoas em tratamento no Centrinho em Bauru (SP). No total são mais de 1.500 pessoas na região que nasceram com fissura.

Na reunião também ocorreu o planejamento das ações para 2015 e teve uma intervenção da Cia de La Curva com a participação da Pafúncia, com foco no bom-humor e projeções positivas para o próximo ano.

 MB Comunicação