Profissionais são qualificados para atendimento às pessoas idosas

A expectativa de vida da população brasileira está aumentando e com isso é necessário pensar alternativas e medidas para ampliar também a qualidade de vida e serviços que garantam o atendimento à pessoa idosa. Para qualificar os trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) foi realizada, nessa semana, a capacitação “Os serviços de atendimento à pessoa idosa nos municípios catarinenses”, no auditório da Uceff Faculdades, em Chapecó.

        Participaram aproximadamente 100 gestores e trabalhadores municipais de assistência social, conselheiros e secretários executivos dos Conselhos do Idoso, coordenadores de grupos de convivência, equipe técnica e orientadores dos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos das regiões oeste, extremo-oeste e meio-oeste catarinense.

        A temática esteve voltada a capacitar os profissionais para o conhecimento sobre o processo de envelhecimento e as possibilidades de serviços a serem executados pelas equipes referência junto aos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS) dos municípios.

        De acordo com a doutora em enfermagem, Jordelina Schier, o retrato da população brasileira remete aos 73,1 anos a partir do nascimento e, a esperança de vida depois dos 60 anos para homens é de 29,2 anos e para mulheres é de 30,9 anos. “Isso significa que metade da vida se passa trabalhando e a outra metade aposentado. Por isso, é fundamental pensar estratégias de enfrentamento ao desgaste funcional e ao aparecimento de doenças”, exemplificou.

        Atualmente são aproximadamente 190 milhões de brasileiros e deste universo 21,7 milhões de idosos. Jordelina realçou que o Século XXI é considerado o Século do Envelhecimento, pois as pessoas conquistaram o direito de viver mais. “Contudo, para isso é fundamental buscar medidas de qualidade de vida”, complementou.

        Neste contexto, a doutora em enfermagem, ressaltou alguns avanços políticos, como por exemplo, a Constituição Federal de 1988, a Lei 8842/1994 que estabeleceu a Política Nacional do Idoso, a Lei 10741/2002 que definiu o Estatuto do Idoso e a Portaria 2528/2006 que prevê a Política Nacional.

        A assistente social da FECAM, Janice Merigo, enfatizou que a população idosa está presente e é uma crescente nos municípios brasileiros. Por isso, as administrações públicas municipais devem se preocupar em atender os idosos de forma intersetorial, envolvendo saúde, assistência social, cultural e lazer.

        Janice explicou que a pessoa idosa é atendida pela assistência social por meio dos serviços de proteção social básica, considerando a situação em que ela se encontra. Na proteção social básica são oferecidos os serviços de convivência e fortalecimento de vínculos e o atendimento à pessoa idosa está voltado à proteção e prevenção da violação de direitos. Na proteção social especial o atendimento ocorre quanto já ocorreu a violação do direito ou uma ruptura de vínculos familiares. “Neste contexto, é importante ter uma equipe qualificada no atendimento dos CRAS nos municípios”, argumentou.

        O evento foi uma promoção da Federação Catarinense de Municípios (FECAM), Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Núcleo de Estudos da Terceira Idade (NETI) e Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), com apoio do Colegiado Regional de Assistência Social e execução da Escola de Gestão Pública Municipal (EGEM).