Ações do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos previne situações de risco social

"Serviço de convivência e fortalecimento de vínculos" foi tema de capacitação, nessa semana, no auditório da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), em Chapecó. Participaram 73 profissionais dos três estados do Sul. O tema foi abordado pelo professor e assistente social, Dorival da Costa.  

Nesta primeira etapa, entre os temas trabalhados estiveram o Sistema Único da Assistência Social (SUAS), proteção social básica e especial, tipificação nacional de serviços socioassistenciais e Centro de Referência da Assistência Social (CRAS): território, vulnerabilidade social, matricialidade sociofamiliar e fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

O serviço de convivência e fortalecimento de vínculos é realizado em grupos, organizado a partir de territórios definidos pelas equipes técnicas, de modo a garantir aquisições progressivas aos seus usuários, de acordo com o seu ciclo de vida, a fim de complementar o trabalho social com famílias e prevenir a ocorrência de situações de risco social. É uma forma de intervenção social planejada que cria situações desafiadoras, estimula e orienta os usuários na construção e reconstrução de suas histórias e vivências individuais e coletivas, na família e no território.

De acordo com o palestrante, as expectativas em relação à família estão, no imaginário coletivo, ainda impregnadas de idealizações, das quais a família nuclear é um símbolo. "A maior expectativa é que ela produza cuidados, proteção, aprendizado dos afetos, construção de identidades e vínculos relacionais de pertencimento, capazes de promover melhor qualidade de vida a seus membros e efetiva inclusão social", explicou.

Na política social contemporânea, a família é revalorizada na sua função socializadora e convocada e exercer sua autonomia reforçando com isso seus vínculos familiares. Neste sentido, espera-se uma socialização mais disciplinar e uma família mais parceira, que esteja presente na escola e na comunidade. Segundo a Política Nacional de Assistência Social (PNAS), a família é definida como "espaço privilegiado e insubstituível de proteção socialização primárias, provedora de cuidados aos seus membros, mas que precisa ser cuidada e protegida".

As diretrizes do trabalho social com famílias envolvem potencializar a rede de serviços e o acesso aos direitos; embasar as ações socioeducativas na realidade socioeconômica e cultural; respeitar e valorizar as famílias e sua diversidade sociocultural, suas demandas e potencialidades. Para isso, é preciso adotar metodologias participativas e dialógicas, com abertura para o trabalho interdisciplinar e articular o trabalho com a definição de critérios e indicadores que ofereçam referências para a ação e para a avaliação das atividades desenvolvidas.

O atendimento relacionado ao CRAS está dividido por faixas etárias: de 0 a 6 anos, de 6 a 15 anos, de 15 a 17 anos e idosos acima de 60 anos. Também está previsto atendimento para pessoas entre 18 a 59 anos em vulnerabilidade social, seja de baixa renda, escolaridade, organização familiar, violência e isolamento de idosos.

No segundo módulo, previsto para os dias 29 e 30 deste mês, será abordado o perfil do usuário do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos e a equipe técnica; perfil e atribuições das equipes técnicas responsáveis pelo planejamento das ações socioeducativas; organização dos grupos/atividades e o local para atender/acompanhar os usuários.

MB Comunicação