Profissionais articulam rede de atendimento para enfrentamento a infrequência escolar

 

Capacitação continuada dos profissionais e o diagnóstico da região para o enfrentamento da infrequência, visando ações efetivas para superação. Estes foram os dois principais encaminhamentos do "I Seminário Regional: garantia e permanência dos educandos na escola – desafios e compromissos de quem?" O evento foi realizado, nessa semana, no teatro do Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes e reuniu aproximadamente 500 profissionais da região.

A promoção foi do Grupo de Estudos sobre Infrequência Escolar formado pela Associação de Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), Ministério Público da Comarca de Chapecó e Secretaria de Desenvolvimento Regional de Chapecó por meio da Gerência de Educação. Os parceiros foram a Prefeitura de Chapecó, Unochapecó, UFFS e as SDRs de Palmitos, Quilombo e Maravilha.

Para a assistente social da AMOSC, Erli Terezinha Abreu, a questão da infrequência escolar é complexa e precisa ser analisada considerando o contexto da escola e do estudante. Com base nesta argumentação, Erli relatou o trabalho do Grupo de Estudos, criado em 2011, que se reúne mensalmente para debater o assunto, discutir o modelo da sociedade contemporânea e encontrar alternativas e soluções.

Atualmente participam do Grupo de Estudos conselheiros tutelares e de direitos, educadores municipais e estaduais e o Ministério Público. "Queremos convidá-los para participar desse grupo e identificar os motivos da infrequência dos municípios da região", justificou.

O coordenador do Colegiado de Conselheiros Tutelares e de Direito da AMOSC, Evandro Agostini, ressaltou que este é um tema que os profissionais se deparam diariamente nos municípios. "No evento tivemos a oportunidade de elencar alternativas para resolver a questão. O que preocupa é que antigamente discutia-se a garantia de vagas aos estudantes e atualmente o tema é a permanência deles na escola", complementou.

Segundo o secretário de desenvolvimento regional de Chapecó, Américo do Nascimento Júnior, debater sobre a infrequência escolar demonstra a preocupação com o futuro dessa geração, uma vez que a família deve ser a base de tudo. "Devemos nos preocupar com o futuro e a qualidade de vida de nosso País", argumentou.

A promotora de justiça Vânia Cella Piazza explicou que é preciso abordar na educação os direitos e deveres. "Repensando isso construiremos uma sociedade mais justa e repararemos algumas eventuais falhas das famílias". De acordo com a diretora administrativa da Secretaria de Educação de Chapecó, Vânia Coelho, o tema desafia diariamente os profissionais que se deparam com situações das quais não sabem resolver.

De acordo com a assessora em educação da AMOSC, Locenir de Moura a questão principal do seminário não foi apontar um ou outro responsável pela infrequência, mas sim buscar a superação desta problemática, que muitas vezes levam a evasão escolar tendo como principais fatores trabalho infantil, repetência, violência e exploração infanto juvenil, saúde da criança ou adolescentes e práticas pedagógicas.

MB Comunicação