Fitoterápicos para prevenção e restabelecimento da saúde

O curso "Prescrição fitoterápica pelo nutricionista de plantas in natura frescas ou como droga vegetal nas suas diferentes formas farmacêuticas" reuniu, nesta semana, aproximadamente 30 profissionais no auditório da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), em Chapecó. Participaram nutricionistas da microrregião da AMOSC e da Associação dos Municípios do Entre Rios (Amerios). O assunto foi ministrado pela nutricionista clínica funcional Maribel Gonçalvez de Melos.

A qualificação abordou legislação, nutrição clínica funcional, apresentação e formas de utilização, prescrição de fitoterápicos, sistema ATMS (Antecedentes, Triggers, Mediadores e Sintomas) – TGI (Trato Gasto Intestinal), DETOX (Desintoxicação do Organismo), fadiga, alcalinização e antiinflamatórios. Também foram apresentadas as plantas que podem ser prescritas, formas de prescrição, dosagens e maneiras que devem ser usadas conforme as diferentes patologias.

Maribel explicou que, a partir de 2007, ocorreu uma iniciativa de entidades junto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para legalizar a prática do uso de plantas com utilização terapêutica. "Várias áreas, como fisioterapia, cirurgiões dentistas e nutricionistas se reuniram em prol da normatização", complementou.

No ano de 2010 foi lançada a regulamentação no Sistema Único de Saúde (RENISUS). Conforme a RDC-10 foram aprovados 71 fitoterápicos, que podem ser usados nas mais diferentes finalidades. "Como nutricionistas precisamos implementar e defender isso na atividade, já que faz parte da nossa área de atuação. A utilização dos fitoterápicos visa prevenir e restabelecer a saúde", observou.

A partir deste ano, a prática fitoterápica foi aprovada e pode ser utilizada na área de nutrição. Neste sentido, Maribel ressaltou que os profissionais precisam ser habilitados para trabalhar com as ervas e especiarias. "Seja na gastronomia, infuso (chá), gastrointestinal, antiinflamatório, protetor hepático, ansiolítico, promotor de energia, redução do colesterol e aplicação em várias terapêuticas", complementou.

Para Maribel a iniciativa da AMOSC é interessante e habilita os nutricionistas para terem  conhecimento no uso cotidiano, uma vez que é uma tendência utilizar chá nas unidades escolares, porém, para isso é necessário orientação, conhecer a quantidade, o número adequado, o tempo determinado e respeitar a individualidade. Como exemplo, a nutricionista citou o alecrim que na gastronomia pode ser usado livremente, como chá é benéfico para casos de gastrite e úlcera, mas em excesso pode causar hipertensão.

"A fitoterapia é mais um instrumento que devemos usar porque as ervas e especiarias são utilizadas há milênios com propriedade terapêutica", complementou. Segundo estudos, 85% da população mundial busca nas plantas o tratamento para suas enfermidades, complementou Maribel.

MB Comunicação