Assistência social articula ações para fortalecer as famílias em vulnerabilidade

Ações articuladas entre a assistência social e as demais secretarias que desenvolvem outras políticas públicas foram os pontos principais abordados durante a reunião do Colegiado de Gestores e Técnicos Municipais de Assistência Social da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), na última semana, em Chapecó.

"É necessário integrar esforços em torno das discussões, encaminhamentos e intervenções nas questões sociais que nos chegam todos os dias, somente assim conseguiremos dar respostas à população", observou a assistente social da AMOSC, Erli Abreu.

Neste sentido, os gestores e técnicos preocupados com a disseminação rápida que as drogas têm atingido a população, principalmente jovens, iniciaram o planejamento com outras Secretarias Municipais (Saúde, Educação, Esporte, Cultura e Lazer), o desenvolvimento do projeto "Prevenção com Resultados", articulado pelos prefeitos da microrregião com a Delegacia Regional de Chapecó e o policial civil Romeu Schlindwein. A proposta é de que o policial possa realizar reuniões e palestras nos municípios envolvendo os profissionais, preparando-os para abordar o tema, bem como grupo de jovens, levando informação para que possam ser multiplicadores.

Também foram iniciadas as discussões sobre o reordenamento do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para crianças e adolescentes de 0 a 17 anos, realizado pela Proteção Social Básica, conforme diretrizes do Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Segundo Erli, este serviço tem como objetivo fortalecer os vínculos das crianças, adolescentes e idosos com seus familiares e comunidade, prevenindo a ocorrência de violências, maus tratos, negligência e abandono. "Este serviço é trabalhado em quatro grupos de convivência, respeitando a faixa etária, por meio de atividades específicas para cada grupo: crianças de 0 a 6 anos, de 6 a 15 anos, de 15 a 17 anos e idosos", complementou.

Para a coordenadora do Colegiado, Glaúcia Aline Kirsch, "o principal material para desenvolver os serviços socioassistenciais com os usuários é o humano: assistentes sociais, psicólogos, pedagogos, orientador social e facilitador de oficinas que possam somar no desenvolvimento dos cidadãos, no seu empoderamento para que seja autor de sua história. Para que supere a situação de vulnerabilidade em que se encontra e, fortalecido, consiga dar conta de suas demandas e de sua família", destacou.

A coordenadora defendeu que é preciso garantir que os serviços tenham equipes de referência para o atendimento à população. "Caso contrário, continuaremos executando ações pontuais nas quais o direito já foi violado não conseguindo chegar antes e prevenir", finalizou.

Na reunião também foram avaliados os eventos promovidos nos últimos dois meses na região envolvendo os trabalhadores da política de assistência social: Fórum Regional pela Primeira Infância, Seminário Regional pelo Fim da Violência e Exploração Sexual da região da AMOSC e o evento sobre o Plano Viver Sem Limites para pessoas com deficiência.

MB Comunicação