Suécia: Caramori conhece projeto que transforma lixo em energia e biogás

Suécia: Caramori conhece projeto que transforma lixo em energia e biogás


Chapecó, 05/06/2013 – Quarta-feira – A terça-feira foi dia da comitiva catarinense conhecer o trabalho da Empresa de Energia e Meio Ambiente de Boras, na Suécia, sobre a produção de Biogás e energia a partir do lixo. O Prefeito de Chapecó licenciado José Caramori, que representa a Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS); a Federação Catarinense de Município (FECAM) e a Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), acompanhou a explicação do funcionamento do projeto.
No período da manhã, os membros da comitiva conheceram o local onde é produzido o biogás. A responsável pelo setor de gerenciamento de resíduos da empresa, Linda Eliasson, explicou que o primeiro passo é feito pelos moradores de Boras, que recebem da empresa de coleta dois tipos de sacola plástica.
"Nas sacolas pretas, as pessoas colocam restos de comida, material orgânico, e na sacola branca colocam material que deve ser incinerado, lixo que não pode ser reciclável. O que é orgânico pode ser transformado em biogás e virar combustível para caminhões, ônibus e carros. E o que está nas sacolas brancas pode ser transformado em energia e usado para gerar aquecimento para as casas, refrigeração ou eletricidade", explica.
De acordo com o Prefeito licenciado, projetos como este tornam a cidade de Boras destaque internacional em reciclagem. “Poder transformar os resíduos em biogás e energia é um grande avanço de cidades e países desenvolvidos. A transformação do lixo em combustível, utilizado na frota pública; e em calor, que aquece as residências dos Suecos, é a garantia da qualidade de vida, com otimização de custos e preservação do meio ambiente”, destaca José Caramori.


O sistema de produção de biogás e energia

Doze caminhões trabalham na coleta do lixo orgânico e não reciclável. Oito deles são abastecidos com o biogás produzido pela própria empresa. Quando chegam à central de tratamento, eles depositam o lixo na área das esteiras. O processo é todo automatizado. De maneira rápida e eficiente, com a ajuda de um sensor de cores, sacolas brancas são lançadas para o lado, enquanto as pretas seguem pelo caminho em frente.
O material orgânico vai para decomposição, em local sem oxigênio e com temperatura de 55°C. As bactérias demoram aproximadamente um mês para transformar os restos de alimentos em biogás, usado como combustível de veículos automotores. Na cidade, existem três postos de abastecimento com biogás, que custa em média 30% a menos do que a gasolina.
O material das sacolas brancas é a matéria-prima. Ele é triturado para tornar o processo mais eficiente, e levado mecanicamente, com garras gigantes, para ser queimado em caldeiras que funcionam todos os dias. Nas caldeiras, a temperatura chega a 850°C. A cada ano, mais de 100 mil toneladas de resíduos são transformadas em energia.
Além de fazer com que o lixo desapareça, o processo de combustão gera energia e calor, que são levados para os habitantes da cidade. Na sala de controle, um mapa mostra os mais de 300 quilômetros de encanamentos de água quente que chegam em 33 mil casas de habitantes da cidade. Como o inverno é muito rigoroso na Suécia, o investimento em sistemas de aquecimento é essencial.

* com informações da Assembléia Legislativa de Santa Catarina.

Texto: Elizandra Buss
Foto: Lucas Gabriel Diniz/Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina/Divulgação


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