Municípios do oeste enfrentaram crises e intempéries em 2012

 

A Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) manteve como prioridade em 2012 a defesa do municipalismo em todas as ações desenvolvidas. O presidente da entidade, Lenoir Bigolin, explica que as maiores reivindicações foram a lei dos royalties do petróleo e a liberação de recursos para auxiliar os municípios em situação de emergência.

O dirigente, 58 anos, é técnico agrícola. Casado com Sueli Bodanese Bigolin com quem tem três filhas. Nesta entrevista, Bigolin avalia o seu mandato que encerrou em 31 de dezembro de 2012 e as atividades desenvolvidas pela AMOSC neste ano.

Como o Sr. avalia o ano de 2012?

Lenoir Bigolin – As ações da entidade, primeiramente, estiveram voltadas à continuidade da harmonia e da amizade entre os prefeitos e colaboradores. Também foram focadas as reivindicações em prol do municipalismo brasileiro e da microrregião, com o intuito de proporcionar melhores condições aos municípios da AMOSC. Neste contexto, foi um ano de muito trabalho, de defesa do municipalismo e participação de várias atividades na esfera Federal. Enfrentamos dificuldades como estiagem, enchentes, intempéries climáticas e a queda do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), o que tornou o ano atípico e implicou diretamente no fechamento de contas. Porém, juntos conseguimos superar essas questões e chegamos ao fim do ano com a população animada. A atuação da AMOSC foi importante para auxiliar os municípios da microrregião, servindo de exemplo, muitas vezes, pelas iniciativas e ações desenvolvidas.

Em 2012, quais foram os objetivos prioritários da entidade?

Bigolin – A prioridade se manteve na defesa do municipalismo e nas questões relacionadas às intempéries climáticas, que foram pontos marcantes. Em vários momentos a AMOSC se manifestou publicamente favorável pela aprovação da Lei dos royalties como também solicitou apoio dos Governos Estadual e Federal na liberação de recursos aos municípios em situação de emergência.

As metas definidas no início de 2012 foram alcançadas?

Bigolin – Sim, todos os objetivos traçados foram alcançados a exemplo de integrar e envolver todos os prefeitos que compõem a AMOSC na defesa dos interesses do municipalismo e de manter os programas existentes e adequar as novas iniciativas. Chego ao fim do meu mandato com a missão cumprida e satisfação em desenvolver as ações.

Quais conquistas marcaram o ano na AMOSC?

Bigolin – O fator altamente positivo foi a implantação do Sistema Único de Atenção à Sanidade Agropecuária (Suasa) na microrregião. Esse serviço de inspeção de produtos de origem animal e vegetal contribuirá expressivamente para o desenvolvimento do setor nos municípios. Além disso, a entidade manteve a representatividade estadual e federal das atividades desenvolvidas de organização interna dos municípios. As orientações que a AMOSC transmitiu, por meio de sua assessoria técnica, ajudou os administradores a esclarecer dúvidas. Um ponto que deve ser exaltado é a competência e a eficiência da equipe de colaboradores da AMOSC.

Como o Sr. avalia o seu mandato frente a AMOSC, uma das entidades mais representativas do movimento municipalista em Santa Catarina?

Bigolin – Conduzir a AMOSC em 2012 proporcionou alegria e satisfação, porque é um grande desafio, o que também possibilitou aprendizado e conhecimento. Quando se trata da administração municipal ainda há muitos desafios, que são apresentados aos agentes políticos para serem enfrentados. Neste sentido, esta experiência foi muito positiva pessoal e profissionalmente. Como já tinha uma relação com os colegas prefeitos, também tive a oportunidade de trabalhar com a equipe de profissionais da entidade, o que guardarei de recordação. Neste período me empenhei ao máximo em defender e representar a AMOSC, o que também observei na atuação dos colaboradores. Por isso, agradeço a colaboração da equipe, das entidades, dos parceiros e da imprensa.

Que desafios foram superados pelos administradores municipais?

Bigolin – Com maior intensidade, as intempéries climáticas e as crises nos setores de avicultura e suinocultura, que foram desafios pesados para os segmentos e nos quais os administradores municipais se empenharam para dar suporte, principalmente, aos produtores. Pode-se afirmar que as principais dificuldades dos municípios ainda são a falta de estruturas básicas para enfrentar situações climáticas adversas, insuficiência de recursos para solucionar problemas de saneamento básico e dificuldades de liberação de investimentos nas esferas Estadual e Federal para a implantação de novas ações. Além disso, para os prefeitos o principal desafio é seguir as orientações das leis existentes, em consonância com aquilo que a população espera e almeja.

MB COMUNICAÇÃO