Prefeitos catarinenses e governo do Estado discutem encaminhamentos para controle da gripe A (H1N1)

O atual quadro de casos de gripe A (H1N1) em Santa Catarina tem alarmado prefeitos e levado a decisões mais drásticas como a suspensão das atividades letivas da rede municipal. Na semana passada, 87 dos 293 municípios estavam sem aulas e, nesta segunda-feira (17), 15 municípios reabriram suas escolas. Em contrapartida, o governo estadual assegura que cancelar aulas não é uma medida eficaz para controlar o surto da doença. A discrepância de posturas foi o mote para a realização da reunião ocorrida na manhã de hoje na Casa D´Agronômica, na qual estiveram presentes prefeitos catarinenses e presidentes das associações microrregionais; secretários executivos das associações; o presidente da FECAM e prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt; o governador Luiz Henrique da Silveira; o vice-governador, Leonel Pavan; o secretário de Estado da Educação, Paulo Bauer; o secretário de Estado da Saúde, Dado Cherem; a diretora geral da Secretaria da Saúde, Carmen Zanotto; o diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, Luis Antônio Silva; e o secretário de Estado de Coordenação e Articulação.

O presidente da FECAM e prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, afirmou que o controle da doença não é uma ação somente do município, mas sim conjunta. Por isso, é necessário buscar parcerias e tirar as dúvidas, já que a informação é uma importante ferramenta para evitar o pânico."É preciso que haja continuidade nessa discussão entre o município e a Secretaria da Saúde", afirmou. Heiderscheidt sugeriu que, ao longo da semana, todos os municípios retomem as atividades escolares. Na ocasião, os prefeitos e presidentes de associações expuseram ao governador o quadro da doença nos municípios e nas regiões, levantaram questões pertinentes para serem debatidas e pediram auxílio para resolver situações delicadas geradas pela nova doença.

A necessidade de os municípios trabalharem de maneira conjunta com o governo foi salientada pelo governador Luiz Henrique em mais de uma oportunidade. "Os prefeitos são os principais agentes das ações governamentais", disse. O governador classificou o alarmismo referente à nova gripe como um "pânico que não tem razão" e fez, mais de uma vez, um apelo aos presidentes e secretários das associações para que convoquem os agentes políticos regionais e decidam pelo retorno das atividades escolares. O discurso do governador foi embasado pela apresentação do secretário estadual da Saúde, Dado Cherem; do secretário estadual de Educação, Paulo Bauer; e da diretora geral da Secretaria da Saúde, Carmen Zanotto. As autoridades expuseram aos prefeitos as ações que o governo do Estado vem desenvolvendo para controlar a disseminação da gripe A, entre elas o repasse de verbas para o caso em que há ampliação do horário de atendimento das unidades de saúde e para a instalação de centros de triagem. Para Cherem, é de extrema importância que os professores fiquem atentos aos comportamentos dos alunos para alertar sobre possíveis novos casos.

Situação no Estado

De acordo com o diretor da Vigilância Epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde, Luis Antônio Silva, no domingo (16), havia 276 casos de gripe A (H1N1) descartados, 684 sendo investigados e 141 confirmados. Em relação aos óbitos, dos 67 relacionados à doença, oito foram confirmados como tendo a nova gripe como causa, sete tiveram a doença como causa descartada, e 52 ainda estão sendo investigados.

 

ASCOM/FECAM