Entrevista com Anecleto Galon, novo presidente da Amosc

Anecleto Galon, novo presidente da Amosc
Amosc quer unir movimentos municipalistas e inovar em eventos
AM2007GALON-ENTREVISTA  JAN/2007

O presidente da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), prefeito de Pinhalzinho, Anecleto Gallon, dará prosseguimento aos programas de integração regional para acelerar o desenvolvimento econômico do oeste barriga-verde. 

Com uma longa folha de serviços prestados à comunidade de Pinhalzinho, onde se elegeu vereador, vice-prefeito e prefeito, Anecleto Gallon, aos 45 anos, natural de Palmitos (SC), assume pela primeira vez o comando da Amosc, considerada a mais organizada e competente entidade municipalista de Santa Catarina.

Nesta entrevista, Galon anuncia inovações na área esportiva da região, eventos agendados e sobre a importância dos investimentos na qualificação contínua dos servidores públicos municipal.

Quais suas principais metas como presidente da Amosc?

Anecleto Galon – Pretendemos realizar um planejamento estratégico da nossa Associação para definir sua atuação. Além do assessoramento municipal a AMOSC tem um papel fundamental de fomentar o desenvolvimento regional. Fortalecer o movimento municipalista é uma bandeira contínua através de parceria com a FECAM e a CNM. Os servidores municipais precisam de um programa de qualificação e aperfeiçoamento permanente. Outro desafio é a entrada em vigor ainda este ano do FUNDEB.   

Já está aprovada para os dias 21 a 23 de maio em Chapecó na Efapi a realização do III Congresso Catarinense de Gestão Pública e a III Expofecam. Em que consistem esses eventos?

Galon – Na última assembléia do ano passado os prefeitos deliberaram pela realização deste evento em Chapecó em parceria com a FECAM. Será uma oportunidade única onde os fornecedores das prefeituras poderão demonstrar seus produtos, equipamentos e inovações tecnológicas nas mais diversas áreas da administração pública. Na oportunidade também serão apresentadas experiências inovadoras na gestão pública. Traremos pessoas de renome nacional para mostrar aos prefeitos de Santa Catarina que é possível fazer uma gestão moderna com os poucos recursos que sobram nas Prefeituras. 

Na área esportiva alguma inovação prevista?

Galon – Vamos inovar, além das duas edições do JISMA – Jogos de Integração dos Servidores Municipais, pretendemos realizar uma Copa AMOSC de futebol de campo nas categorias força livre e sub-17, com o intuito de descobrir novos talentos que possam despontar nesta competição, para quem sabe revelar futuros craques da região Oeste com o fortalecimento da Chapecoense.

Como será o trabalho interno na Amosc com a atual diretoria?

Galon – Temos uma diretoria representativa de todos os partidos políticos. Pretendo, neste mandato de um ano, trabalhar em harmonia e valorizar meus companheiros prefeitos no sentido de engrandecer cada vez mais a associação. 

Como a Amosc pretende estar mais presente nos município, ouvindo diretamente os prefeitos e as equipes da administração municipal?

Galon – Iremos ao encontro dos municípios, faremos calendário de visitas a todos os prefeitos no sentido de ouvir sua equipe de governo para que nos digam o que esperam da AMOSC neste ano.Já iniciamos com uma reunião com todos os funcionários colocando da forma como pretendemos trabalhar e ao mesmo tempo ouvimos sugestões que possam ser implementadas, visando a melhoria dos serviços públicos, tendo como meta a redução de custos e produtos de qualidade que venham ao encontro das necessidades da população de cada município.

Com a atual secretária do Ministério da Integração, Márcia Damo, ocupando local de destaque nacional como deve ser a continuação dos projetos de desenvolvimento regional?

Galon – Entendemos ser fundamental para a região a permanência da Márcia Damo em Brasília, especialmente em relação a consolidação do Projeto da Mesorregião Grande Fronteira do Mercosul, que tem trazido recursos significativos para o fortalecimento da agricultura familiar. Além de contar com alguém do Sul nesta função que tradicionalmente é ocupada por técnicos do Nordeste.

A Amosc pretende coordenar os planos diretores dos municípios?

Galon – Precisamos planejar as nossas cidades para o futuro. O plano diretor irá dar as diretrizes do crescimento ordenado e precisamos também estar atentos as questões ambientais. Estão previstos investimentos de grande impacto na região, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental. Nós temos responsabilidade sobre as futuras gerações. A resposta tem que ser dada imediatamente para atender uma necessidade dos municípios. 

Como os municípios poderão atuar com a redução de custos das obras públicas?

Galon – Neste sentido a AMOSC pode contribuir de forma significativa, elaborando projetos padrões e planilhas de custos para as obras e serviços. O segredo da economia está na hora da compra. É preciso economizar cada vez mais e melhor aplicar os recursos públicos, pois a população cobra dos prefeitos mais investimentos em áreas prioritárias, como a saúde, educação e habitação.  

Como o Sr. pretende trabalhar ações de integração com as entidades municipalistas como a Fecam e a CNM?

Galon – Precisamos manter unido o movimento municipalista. No ano passado houve poucos avanços. O Congresso não atendeu as reivindicações dos prefeitos, especialmente em relação a reforma tributária. Vamos articular com a Federação Catarinense de Municípios (Fecam) e a Confederação Nacional de Municípios (CNM) para que a pauta municipalista seja colocada em prática, precisamos mobilizar os deputados e senadores catarinenses para que olhem com mais carinho para os prefeitos. A concentração do bolo tributária na União é maléfica em todos os aspectos. Se é no município que tudo acontece, nós prefeitos precisamos de mais recursos para dar conta das demandas da população.

Fonte: MB Comunicação