Municípios da AMOSC se mobilizam para auxiliar nas barreiras sanitárias



        O Colegiado de Secretários Municipais de Agricultura da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc) esteve reunido nesta semana para debater sobre a situação por que passa a bovinocultura, especialmente em relação a febre aftosa.
Além dos secretários municipais de agricultura estiveram presentes o gerente regional da Cidasc, José Alves e o médico veterinário da Cidasc, Edson Nascimento. A reunião foi coordenada pela presidente do Colegiado, secretário de agricultura de Chapecó, Ricardo Lunardi.


O gerente regional da Cidasc, José Alves apresentou as medidas e ações que o Governo do Estado está fazendo, entre as quais uma reunião em Concórdia com polícia civil, militar e entidades voltadas a defesa sanitária. O Estado disponibilizou dois helicópteros para auxiliar na fiscalização e a Cidasc vai montar uma base em Chapecó para auxiliar os municípios. Foram criadas 51 barreiras nas fronteiras do Paraná, Paraguai e Argentina, sendo 15 fixas e as demais volantes. Todos os veículos dos programas estão a disposição para ações de combate a febre aftosa que, neste momento, é a prioridade”, destacou José Alves.


Custo de cada vacina é de U$ 2,00 dólares. O Governo do Estado decretou situação de emergência sanitária, podendo haver enquadramento no código penal para quem descumprir. Solicita colaboração das Prefeituras para colocar técnicos a disposição a fim de auxiliar nas barreiras, pois elas atuam 24 horas.


O médico veterinário da Cidasc, Edson Nascimento apresentou os sintomas clínicos da aftosa e números sobre o rebanho bovino do Brasil, com 165 milhões de cabeças. Santa Catarina parou de vacinar em maio de 2000, conquistando o status de área livre da febre aftosa sem vacinação. A produção de carne bovina de SC é de 125.000 ton e o consumo é de 185.000 ton, havendo a necessidade de se importar de outros Estados 60.000 ton (30%). Em 81% dos municípios catarinenses nunca deu qualquer foco de febre aftosa. Se houver um foco, todos os animais num raio de 3 km serão sacrificados. Os municípios de Caxambu do Sul e Guatambu já colocaram veterinários a disposição da Cidasc para auxiliar nas barreiras.


O Coordenador do Colegiado de Secretários de Agricultura, Ricardo Lunardi, salientou que, nas barreiras sanitárias, é preciso exigir dos transportadores a documentação da carga, como  Nota Fiscal do Produtor acompanhada da Guia de Transporte de Animais – GTA; utilizar ficha de fiscalização de trânsito para verificação da procedência; e divulgar nos municípios as ações propostas. “Corremos o risco de um colapso econômico e social na região Oeste”, resume a preocupação.


Fonte: MB Comunicação