Secretários de Educação avaliam ações do Colegiado da AMOSC

Os secretários municipais de educação da microrregião da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) avaliaram, na última semana, as ações realizadas durante o ano pelo Colegiado. Conforme relato dos profissionais, as reuniões do Colegiado de Educação são fundamentais para apropriação e discussões de temais atuais, o que permite uma troca de experiências para encaminhamentos de questões da educação nos municípios.

“Avaliação do grupo é de que foi um ano bastante movimentado para o setor, principalmente, pela elaboração dos planos municipais de educação que incentivaram debates nos municípios e proporcionaram um importante direcionamento para o planejamento da educação”, relatou a coordenadora do Colegiado, Vanussa Citadella.

Outro ponto levantado pelos secretários municipais foi a constituição da Base Nacional Comum Curricular (BNC), que é uma das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação em execução e tem gerado debates nos municípios. “Os profissionais reconheceram a relevância das discussões, porém avaliaram que há muito pouco tempo para professores e equipes se apropriarem do tema, em função do curto prazo e a plataforma de acompanhamento e sugestão estará disponível até dia 15 de dezembro”, ressaltou a assessora em educação da AMOSC, Locenir de Moura.

A BNC visa estabelecer os conhecimentos essenciais aos quais todos os estudantes brasileiros têm o direito de ter acesso e se apropriar durante sua trajetória na educação básica, ano a ano. A representante da coordenação estadual,Mareni de Fátima Rosa da Silva, abordou o movimento de discussões por meio de grupos de especialistas organizados, que se reunirão nos próximos dias com o objetivo de propor e sugerir alterações.

De acordo com o presidente da AMOSC e da FECAM, prefeito de Chapecó José Caramori, este instrumento orientará a construção do currículo das mais de 190 mil escolas de educação básica do País, públicas ou particulares. “A partir da BNC todos saberão os elementos fundamentais que precisam ser ensinados nas áreas de conhecimento, a exemplo da matemática, nas linguagens, nas ciências da natureza e humanas”, complementou.

Quanto aos Planos Municipais de Educação, a avaliadora do MEC que representa a UNDIME, Sueli Sutili, transmitiu informações sobre o monitoramento dos planos. Neste primeiro momento o MEC realiza um levantamento de dados dos principais instrumentos dos sistemas de ensino, como lei municipal, conselho e fórum de educação. Sueli informou que a partir desses levantamentos o MEC orientará os próximos passos de monitoramento que também estará interligado ao novo Plano de Ações Articuladas.

Para 2016, ficou definida a continuidade da formação de professores da educação infantil (pela parceria EGEM e AMOSC) e ao ensino fundamental por meio da parceria com a Unochapecó.

OFICINA INAUGURAL

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) desenvolveu um programa que pretende melhorar a estrutura escolar e o método de ensino das escolas públicas do Estado para auxiliar na redução do número de alunos que deixam de frequentar as aulas. O Núcleo Intersetorial de Suporte ao APOIA (NISA), foi lançado em outubro.

No mês de novembro, ocorreu a primeira etapa do projeto com a oficina inaugural do NISA, entre membros e servidores do MPSC, profissionais da área da educação e conselheiros tutelares. De acordo com Locenir, a oficina serviu para apresentar o projeto, mediante a simulação do funcionamento de uma reunião do Núcleo, de modo a sugerir metodologias e propostas que poderão ser usadas na implantação do NISA nas comarcas.

O NISA surgiu a partir da experiência da região de Chapecó, onde foi criado o Grupo Regional de Estudos Sobre Infrequência Escolar em 2011. O objetivo dos participantes era desencadear ações proativas e promover reflexões sobre a responsabilidade compartilhada em relação à proteção do direito à educação, que compreende matrícula, permanência e qualidade do ensino. O grupo é composto por educadores, conselheiros de direitos e tutelares, assistentes sociais, psicólogos e representantes da AMOSC, Unochapecó e Ministério Público.

MB Comunicação