CIDEMA busca parceria do Governo do Estado para perfuração de poços artesianos na região da AMOSC

Com objetivo de ampliar as possibilidades de abastecimento de água para consumo humano foram debatidas alternativas pelos prefeitos dos municípios que integram o Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Meio Ambiente (CIDEMA), nessa semana, no auditório da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC).

Entre as medidas esteve a proposta de parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura para perfuração de poços artesianos na microrregião. Segundo o prefeito de Cordilheira Alta, Alceu Mazzioni, há equipamentos disponíveis que poderão ser cedidos gratuitamente ao consórcio para fazer o trabalho nos municípios.

A estrutura mínima para atender a região seriam cinco profissionais, sendo quatros motoristas e o chefe de máquinas, também denominado de sondador. O kit de equipamentos, cedido pela Secretaria, é composto de quatro caminhões: para a perfuratriz, o compressor, o ferramental e de apoio. O equipamento atinge no máximo 500 metros de profundidade, sendo que o ideal seria até 200 metros, pois atinge o Aquífero Serra Geral.  A intenção é reduzir de 60 a 70% dos custos das administrações municipais.

Um ofício manifestando o interesse da parceria foi encaminhado à Secretaria de Estado da Agricultura, na tarde da última segunda-feira (8). Os próximos procedimentos compreendem a estimativa de custos fixos e variáveis para manter a atividade, o levantamento de quantos poços o município tem interesse e quanto tempo levaria a perfuração. Para executar a perfuração será necessário o licenciamento ambiental, do projeto da responsável técnica da perfuração, que precisa ser um geólogo e, posteriormente, do processo de instalação. 

O abastecimento de água para consumo humano na área rural da região da AMOSC foi tema apresentado pela engenheira química do PROÁGUA Juliana Guarda, que explicou a situação do levantamento dos sistemas municipais de abastecimento coletivo de água na microrregião.

De acordo com Juliana foi enviado formulário para todos os municípios da AMOSC com o objetivo de levantar os sistemas e verificar o desejo de contratar, por meio do consórcio, um responsável técnico. Contudo, vários municípios não responderam ou fizeram de maneira parcial, por isso ainda é necessário aguardar os resultados de todos.

Até o momento, segundo dados preliminares, Águas de Chapecó possui sete sistemas no interior, Coronel Freitas tem 80, Irati possui 10 e Jardinópolis tem três sistemas. Esses municípios também manifestaram o interesse de contratar pelo consórcio um responsável técnico.

O diretor geral da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS), Adir Faccio, apresentou aos municípios a cartilha de consumo sustentável, que transmite orientações sobre o uso racional da água. O material será entregue pelas escolas públicas dos municípios da microrregião.

SISBI/SUASA

O médico veterinário, gerente de programa do CIDEMA (SISBI/SUASA) Morciel Araújo Faraum, explicou sobre o processo de credenciamento dos estabelecimentos no Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Agropecuária (SISBI) do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos e Insumos Agropecuários (SUASA).

A expectativa para este ano é o credenciamento de oito agroindústrias. Contudo, ainda é necessário realizar reformas físicas, que estão em andamento, e adequações na documentação. Posteriormente, será feita a auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Entre as vantagens da adesão ao SISBI/SUASA está a aprovação mais rápido de rótulo e das adequações das estruturas.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO TERRITORIAL

O Programa de Desenvolvimento Econômico Territorial (2015/2017) foi abordado pelo coordenador regional oeste do Sebrae/SC, Enio Albérto Parmeggiani. A inciativa visa dinamizar a economia do município por meio de atendimento e de ações aos empreendedores formais e informais para contribuir com o desenvolvimento econômico e transformação da realidade local.

Entre os objetivos estão o de promover um ambiente favorável para aplicação da Lei Geral; desenvolver o potencial empreendedor e as vocações econômicas; desenvolver e fortalecer iniciativas com a governança, elevando o grau de competitividade do território.

As ações práticas compreendem: conhecimento e informação qualificada do território; articulação de uma rede de cooperação público e privada; atendimento individual, ao micro empreendedor individual, às microempresas e aos produtores rurais; apoio às inovações; acesso a mercados; educação empreendedora aos jovens e ações internas.

MERCADO PÚBLICO REGIONAL

O Instituto Saga, a Associação Catarinense de Citricultura (ACACITROS) e a Associação Regional de Artesãos e Artistas Plásticos do Oeste de Santa Catarina (ARAPOC), que utilizam salas cedidas pelos municípios da microrregião, apresentaram suas ações de contribuição para o desenvolvimento regional. 

De acordo com a diretora presidente do Instituto Saga Marlene de Andrade, os principais projetos referem-se a tecendo rede de reciclagem/ITCP/Unochapecó, ATER – Sustentabilidade do leite, UFFS/MDA política territorial e Instituto Chão Vivo-SC de certificação orgânico. Também busca a regularização das agromarcas Castalia e Agribom e realiza consultorias tecnológicas sobre recursos e convênio por meio do Sebraetec e o fortalecimento das agroindústrias.

Entre as prioridades para 2015/2016 estão a gestão de pessoas e indicadores de desempenho/prestação de serviços; credenciamento da unidade certificadora de produtos orgânicos; certificação de origem e desenvolvimento de novas tecnologias (Sebrae); credenciamento do Saga junto ao Sebrae como entidade prestadora de serviços tecnológicos; fortalecimento das agroindústrias e comercialização, acesso a mercado.

 O engenheiro agrônomo do Programa SC Rural, Acacitros e Cidasc, Daniel Bórsoi, explicou que a entidade realiza assistência técnica pelo Sebraetec para a melhoria de processos e produtos e/ou à introdução de inovações nas empresas e mercados; capacita produtores e apoia a comercialização. Também executa o projeto desenvolvimento da fruticultura na região oeste catarinense em parceria com o Instituto Saga e o Ministério da Integração Nacional e o Programa SC Rural em parceria com a Cidasc, para a certificação fitossanitária.

Entre os resultados alcançados com as ações estão a integração de 320 famílias de agricultores, 648 hectares de citros que são atendidos pelos responsáveis técnicos, 25.000 toneladas de produtos, R$ 12,5 milhões de movimento bruto e 325 certificados fitossanitário de origem emitidos.

A presidente da Arapoc, Mara Dadalt, explicou que a associação foi criada em 21 de março de 2003, constituída por artesãos, artistas plásticos e produtores artesanais da região. O objetivo é fomentar o desenvolvimento do artesanato e a produção artesanal, estimular a comercialização dos produtos, incentivar a pesquisa sobre a história do artesanato regional, promover cursos, seminários para criar melhores condições para o associado. Também oferece um cartão para o associado, que comprova sua identidade profissional.

Atualmente, tem presença em 130 municípios, com 130 artesãos associados, sendo 18 do município de Chapecó. Possui duas lojas comerciais, uma no Celeiro Center e outra no Mercado Público Regional. Em 2014, foram comercializados aproximadamente R$ 50 mil. “O pedido é para ampliar a diversidade e quantidade de produtos, pois é possível triplicar a comercialização”, observou.

 MB Comunicação