Alerta máximo contra a dengue!

Os 21 municípios que compõem a Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) estão em alerta máximo para evitar a ocorrência das infecções pelo vírus da dengue na região. Para discutir ações conjuntas de combate ao mosquito transmissor da doença ocorreu, nessa quarta-feira (25), reunião no auditório da Prefeitura Municipal de Chapecó. Participaram secretários municipais da região da AMOSC, AMAI, AMAUC, AMEOSC, AMERIOS e AMNOROESTE.

O objetivo foi construir uma proposta conjunta de ação para evitar que o mosquito transmissor se prolifere e a doença se alastre na região. “Fazemos um apelo para que a comunidade colabore no combate e na prevenção, pois com medidas simples todos serão beneficiados”, observou a coordenadora do Colegiado de Secretários Municipais de Saúde da Região da AMOSC, Lucila Favaretto.

As ações são contínuas e a partir de agora terão foco específico na conscientização dos profissionais e das empresas que atuam no setor de transportes, principalmente, daquelas que vão para as regiões mais contaminadas a exemplo de Itajaí e São Paulo. “Queremos garantir que os motoristas ao se deslocarem estejam protegidos e também para evitar a contaminação, por isso incentivamos o uso do repelente”, enfatizou a coordenadora da Comissão Intergestores Regional (CIR), Cleidenara Weirich, ao justificar que a preocupação é uma constante em função da infestação em algumas regiões no Estado.

“Temos ainda de três a quatro semanas do ápice da infestação e, para evitar uma epidemia, tudo depende da conscientização das pessoas e de uma ação proativa no combate a proliferação do mosquito”, enfatizou o presidente da AMOSC e da FECAM e prefeito de Chapecó, José Caramori.

CENÁRIO PREOCUPANTE

Neste ano, até essa semana, foram registrados 224 mil casos de dengue, sendo 123 mil no Estado de São Paulo e 10 mil no Paraná. Em Santa Catarina, foram registrados 596 em Itajaí e um em Chapecó. No município, neste mês, tinham 40 casos suspeitos, 34 foram descartados, cinco aguardam resultados e uma confirmação trata-se de um homem que contraiu a doença no Estado de Mato Grosso do Sul.

Segundo Cleidenara os principais fatores de risco em Chapecó estão relacionados à contaminação de 450 focos, com índice de infestação predial de 5%. “Tivemos uma redução nos focos, já que no ano passado eram mais de 1.000. Contudo, o intenso fluxo de pessoas e de produtos para regiões com transmissão viral é um fator alarmante para a região”, complementou.

Com a transmissão viral há possibilidade de um grande número de pessoas serem infectadas e isso comprometeria os serviços de saúde, uma vez que a ocupação do Hospital Regional do Oeste está no limite com 96% da capacidade, das pessoas teriam que se afastar do trabalho no período de cinco a dez dias e teriam redução na qualidade de vida. Além disso, poderia ocorrer complicações de alguns casos e morte em outros.

AÇÕES CONJUNTAS

Entre as ações que serão executadas em toda a região e sugeridas pela FECAM a todas as Associações de Municípios estão o monitoramento dos casos suspeitos, acompanhamento da infestação, prevenção em educação em saúde, gestão dos pneus inservíveis, controle químico, fechamento de depósito de água, eliminação e tratamento de criadouros e autuações.

Para o setor de transportes, está prevista a triagem dos caminhoneiros que se deslocam em um intervalo de 10 dias para as regiões de transmissão viral, esse trabalho poderá ser feito pelo Serviço de Medicina do Trabalho de cada unidade Industrial. Os agentes de combate a endemia nas unidades industriais farão as orientações e encaminharão os casos suspeitos para o serviço de saúde do município. A orientação será de utilizar o repelente em Chapecó e durante as viagens. 

MB Comunicação