“A região oeste é organizada, possui uma maneira diferenciada de trabalho, tem um povo trabalhador, que luta se organizar e vai em busca de seus ideais”, observa o presidente, que encerrou o mandato em 31 de dezembro de 2014, da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) e prefeito de Coronel Freitas, Mauri José Zucco, ao avaliar o seu mandato frente à entidade.
De acordo com Zucco os resultados das urnas, neste ano, foram favoráveis para a região oeste catarinense, que conseguiu manter os representantes nas esferas estadual e federal e fez bem o seu papel.“Reforço aqui as palavras do prefeito de Chapecó José Cláudio Caramori que diz “o pessoal do litoral começa a temer o oeste”.
Zucco tem 49 anos, é formado em Administração de Empresas, pós-graduado em Gestão de Marketing e Gestão Pública e, atualmente, cursa Direito. Na vida política foi funcionário público, vereador em 1993/1996, vice-prefeito 2005/2008 e está no segundo mandado de prefeito de Coronel Freitas.Também foi presidente da Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS) e do Consórcio Intermunicipal Velho Coronel 2011/2013.
Nesta entrevista, Zucco avalia o ano de 2014, explica quais foram os objetivos prioritários da entidade, os avanços e desafios a serem enfrentados pelos gestores públicos.
Como o Sr. avalia o ano de 2014?
Mauri Zucco – O ano de 2014 foi bom, avaliado a partir da participação das prefeituras, reforçando o associativismo e a união entre os municípios da microrregião. Além disso, os prefeitos da AMOSC fecharam as contas com certa tranquilidade, primeiramente porque administraram com eficiência as prefeituras e, também, pela importante contribuição da associação em orientar e encaminhar os procedimentos, exigências da legislação e situações programadas que precisavam ser executadas dentro dos prazos.
Em 2014, quais foram os objetivos prioritários da entidade?
Zucco – As ações estiveram voltadas a manter a união entre os municípios, a discutir e planejar ações para melhorar o atendimento. Um exemplo disso foi o estudo para agilizar o atendimento do setor de engenharia, que possui alta demanda de projetos. Entre as alternativas encontradas esteve a contratação de mais profissionais para o setor. Desta forma, nossos objetivos foram alcançados porque fizemos um planejamento durante o ano.
Entre as prioridades de seu mandado estava o planejamento estratégico na AMOSC, isso foi atingido em sua totalidade com eficácia?
Zucco –O planejamento estratégico foi programado e elaborado, mas como nele estão elencadas ações de longo prazo não está 100% concluído. Por isso, algumas atividades serão revistas e, desta forma, o planejamento avançará. Porém, o principal objetivo, que era de mostrar a AMOSC para a comunidade e aos prefeitos, foi executado com eficiência, uma vez que os gestores públicos municipais participaram de discussões importantes e necessárias para o desenvolvimento regional e para a melhoria contínua da prestação dos serviços da associação.
Quais conquistas marcaram 2014 na AMOSC?Avanços na gestão de resíduos sólidos, primeiro pregão eletrônico ou o trabalho do Sistema Unificado de Atenção a Sanidade Agropecuária (SUASA)?
Zucco – Todas essas ações foram relevantes aos municípios da microrregião neste ano. A elaboração dos Planos de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos dos Municípios foi um passo importante, e incentivará uma gradual mudança de atitudes e hábitos na sociedade, desde a geração até a destinação final dos resíduos. Na questão do pregão eletrônico para compra conjunta de medicamentos pelo Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Santa Catarina (CIS/AMOSC), é importante ressaltar que o poder público caminha para essa direção: gerar economia, transparecer e agilizar o processo. O que nos preocupava um pouco eram os procedimentos do SUASA, mas felizmente foi confirmado o credenciamento na primeira empresa no município de São Carlos, ação que faltava para buscarmos o credenciamento para inspeção federal.
No ano passado algumas ações foram realizadas para estreitar o relacionamento entre o Poder Executivo e o Ministério Público. Como analisa essa parceria?
Zucco – A aproximação com o Ministério Público foi uma deliberação da assembleia geral ordinária dos prefeitos da AMOSC. Posteriormente, a Federação Catarinense de Municípios (FECAM) também elencou o assunto como prioridade e iniciou o processo de discussão com a coordenação estadual do MP. As reuniões foram descentralizadas, sendo realizada uma em Chapecó. Pode-se dizer que este foi o primeiro passo para garantir um bom relacionamento entre prefeitos e MP.
O resultado das urnas foi favorável para a região oeste catarinense, tanto na esfera Federal quanto Estadual?
Zucco – A região oeste conseguiu manter os representantes nas esferas estadual e federal efezbem o seu papel, independentemente do deputado que foi eleito ou do seu partido. Reforço aqui as palavras do prefeito de Chapecó José Cláudio Caramori que diz “o pessoal do litoral começa a temer o oeste”. Contudo, complemento que começa a temer por sua organização, sua forma de trabalho, porque o povo é trabalhador, luta, se organiza e vai em busca de seus ideais.
Como o Sr. avalia o seu mandato frente a AMOSC, uma das entidades mais representativas do movimento municipalista em Santa Catarina?
Zucco –O presidente que tiver boa vontade, uma boa relação com os funcionários e um método de atuar com os prefeitos não terá problemas porque a associação está organizada e tem um bom quadro de funcionários. Alguns prefeitos confundem a presidência da AMOSC com benefício para seu município, porém é preciso fazer uma gestão voltada à igualdade e justiça, inclusive na prestação de serviços que a entidade presta na microrregião. Reafirmamos isso, que já vinha sendo realizado, porque o presidente deve ser o líder para facilitar a relação entre os municípios e a associação.
MB Comunicação
