Estruturar a Defesa Civil é fundamental para a prevenção de desastres em SC

Quatro eixos principais foram debatidos durante a 2ª Conferência Intermunicipal de Proteção e Defesa Civil, nessa sexta-feira (14), no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapecó. O evento foi organizado pelo município de Chapecó, juntamente com a Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) e as Secretarias de Desenvolvimento Regional de Chapecó, Quilombo, Palmitos e Maravilha.

Com a temática "Proteção e Defesa Civil: novos paradigmas para o Sistema Nacional", os eixos abordados foram gestão integrada de riscos e respostas a desastres, políticas públicas integradas de gestão do conhecimento e construção de comunidades resilientes. O objetivo foi de incentivar e divulgar o debate sobre novos paradigmas para a proteção e a defesa civil, analisar a ação governamental, em especial quanto à implementação dos instrumentos jurídicos e demais dispositivos trazidos pela Lei nº 12.608 de 10 de abril de 2012 e propor princípios e diretrizes para a implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil.

Além disso, visou envolver toda a sociedade para discutir políticas públicas, promover o fortalecimento do Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil, estabelecer formas de participação e controle social na formulação e implementação da Política Nacional de Proteção e Defesa Civil, inclusive do Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil (CONPDEC).

Para o diretor de prevenção da Secretaria de Estado da Defesa Civil, Fabiano Souza, as maiores dificuldades são de fazer os municípios compreenderem a importância de ter uma Defesa Civil organizada e estruturada. "Santa Catarina é um Estado onde os desastres ocorrem em qualquer tempo", complementou.

De acordo com Souza, 64% dos desastres no Estado vivem os dois extremos ou o excesso ou a falta de água e o restante 36% são de granizo, temporal, erosão marítima, etc. Para evitá-los, os três principais fatores, segundo o diretor, são: adequar a legislação municipal, criar fundos municipais e estruturar os recursos humanos municipais de maneira definitiva, para que os agentes de defesa civil sejam concursados.

O prefeito de Sul Brasil, Éder Ivan Marmitt, enfatizou que Santa Catarina é um dos únicos Estados que tem se preocupado em prevenir desastres, ou seja, está saindo na frente para estruturar a Defesa Civil e para a prevenção. "Na região oeste temos que nos preocupar com a estiagem, com a construção de cisternas e a captação da água para o consumo humano", complementou.

Para o secretário de desenvolvimento regional de Chapecó, Américo do Nascimento Junior, a qualificação, a instrumentalização dos órgãos para salvar vidas e a importância do monitoramento devem ser prioridades para a Defesa Civil. "Com a prevenção faremos a diferença, por isso parabenizo as entidades por essa iniciativa e incentivo o planejamento de ações para salvaguardar vidas alheias", enfatizou.

Segundo o vice-prefeito, Luciano Buligon, a prevenção de desastres é um assunto que Santa Catarina tem discutido com intensidade nos últimos anos. "Esses eventos, com a participação da sociedade auxiliam a gestão do Governo, por ser um momento rico em sugestões e debates, se apresenta como um processo positivo. Nosso Estado é um mosaico que cresce porque a população participa do desenvolvimento", finalizou.

  Participaram representantes dos municípios de Águas de Chapecó, Águas Frias, Caxambu do Sul, Chapecó, Cordilheira Alta, Coronel Freitas, Formosa do Sul, Guatambu, Irati, Jardinopólis, Nova Erechim, Nova Itaberaba, Pinhalzinho, Planalto Alegre, Quilombo, Santiago do Sul, São Carlos, Serra Alta, Sul Brasil e União do Oeste.

MB Comunicação