Hospital de Câncer de Barretos tem previsão de instalar unidade de prevenção em SC

O câncer é considerado um problema de saúde pública, tanto pela extensão e custo social da doença, como pelo custo financeiro necessário ao seu adequado diagnóstico e tratamento. Neste sentido, o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Santa Catarina (CIS/AMOSC) esteve reunido, na última semana no auditório da Prefeitura Municipal de Chapecó, para conhecer as ações desenvolvidas pelo Hospital de Câncer de Barretos, que é uma referência internacional no combate a doença e pioneiro em projetos nesta área de saúde.

De acordo com o responsável pelas unidades móveis do departamento de prevenção do Hospital de Câncer de Barretos, Raphael Luiz Haikel Junior, o objetivo do encontro foi apresentar o hospital e a missão de atender com qualidade e humanização a população mais carente. Além disso, explicar as ações de prevenção e treinamento em câncer que são desenvolvidas por meio de uma unidade móvel (carreta) com exames de próstata (PSA e exame clínico), exame clínico de pele e cirurgias de câncer de pele.

"Para os municípios a parceria é muito benéfica porque tem uma taxa de resolutividade de 90% dos casos", argumentou. Atualmente, as unidades móveis percorrem sete Estados brasileiros: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, São Paulo, Rondônia e Pará. Com a intenção de firmar parcerias com os municípios catarinenses o responsável pelas unidades móveis participou de encontros em Guaramirim, Capinzal e Chapecó.

Atualmente o Hospital de Câncer de Barretos é referência na humanização, segurança de protocolos internacionais e na prevenção, atendendo todos os tipos de câncer pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em números, isso representa 3 mil atendimentos por dia, 8 mil refeições diárias, mil leitos extra hospitalares, 3 mil kg de roupas hospitalares lavadas todos os dias e um déficit de R$ 5 milhões por mês, que é pagado por doações.

De acordo com o responsável pelas unidades móveis, o aumento no número de pessoas com câncer se dá, principalmente, pela ampliação de diagnósticos e pela vida conturbada, com alimentação inadequada e muita exposição solar. "Trabalhamos dez anos a prevenção e em determinada região passamos de 15 para 84% os casos de câncer inicial, o que ampliam consideravelmente as chances de cura das pacientes", exemplificou.

MB Comunicação