AMOSC busca referências e projetos na gestão de resíduos sólidos

O desenvolvimento dos municípios deve estar aliado com ações de sustentabilidade. Esta tem sido uma das preocupações dos gestores públicos municipais, por isso a Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) tem prestado assessoria técnica e buscado referências e projetos pioneiros no setor.

Exemplo disso, foi a participação do presidente da AMOSC e prefeito de Cordilheira Alta, Alceu Mazzioni, no Seminário "Made in Vêneto – por um modelo de sucesso na gestão de resíduos" durante a XV FIMAI – Feira Internacional de Meio Ambiente Industrial e Sustentabilidade, realizada nesta semana, na Expo Center Norte, em São Paulo.

De acordo com Mazzioni, o Vêneto é uma região rica em biodiversidade, na qual se desenvolveu uma sociedade ativa e conhecida mundialmente por seus produtos artesanais e sua avançada tecnologia industrial. "A integração entre meio ambiente e desenvolvimento promoveu uma mudança de cultura e tornou os moradores sensíveis à preservação, tanto que são considerados líderes italianos na gestão de resíduos, no controle de emissões de gases poluentes e na utilização de recursos hídricos", observou.

Com o sétimo programa europeu de ações pelo meio ambiente, denominado "Viver Bem, dentro dos limites do nosso planeta", em vigor até 2020, a região do Vêneto se comprometeu a mostrar resultados nos âmbitos da racionalização do consumo de energia e da redução do desperdício. Desta maneira, a transformação dos processos de produção e o desenvolvimento de produtos que respeitam o ecossistema são cada vez mais direcionados à diminuição da emissão de poluentes que agridam a atmosfera, a água e o solo.

No período de 1999 e 2011, os municípios da região que realizam a coleta seletiva mais que duplicaram o volume e ocorreu um crescimento de quase 300% do número de cidades que realizam a coleta seletiva de porta em porta. O que resultou, em 2012, o percentual de 62,5% do total da coleta seletiva, ultrapassando a meta nacional de 60%, estabelecida por lei.

Outro aspecto positivo, ressaltou Mazzioni, foi a redução da quantidade de resíduos encaminhados aos aterros. Em 2012, foi igual a 6% do total de resíduos, comparado com os mais de 39% do ano de 2000. O resultado foi impulsionado pela reciclagem do lixo seco e úmido, que passou respectivamente, de 19,5% para 34% e de 15 para 29%, com exceção de uma pequena queda entre os anos de 2011 e 2012, devido à crise econômica.   

MB Comunicação