Fórum regional fomentará a criação da identidade dos trabalhadores do SUAS

 

A necessidade dos trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) terem uma identidade e a formação de um grupo para estudar a organização do Fórum Regional de Trabalhadores do SUAS foram alguns dos temas debatidos, na última semana, pelo Colegiado de Gestores e Técnicos Municipais de Assistência Social da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC), no auditório da entidade em Chapecó.

Para organizar os profissionais e as discussões que permeiam esta política pública foi criada uma comissão que articulará com os trabalhadores públicos e privados, de nível médio e superior. O objetivo é fomentar a discussão em prol da criação da identidade dos trabalhadores do SUAS que atualmente são na maioria dos municípios: assistente social, psicólogo, pedagogo, orientador social, facilitador de oficinas, serviços gerais, motoristas, recepcionista e outros tantos que integram as equipes nos serviços socioassistenciais.

De acordo com a coordenadora do Colegiado, Gláucia Aline Kirsch, na reunião extraordinária foram repassadas muitas informações aos gestores e técnicos municipais referentes à política de assistência social e sua consolidação no sistema único, que prevê proteções afiançadas pelos entes federados, o que garante os direitos socioassistenciais da população usuária.

Também esteve presente o presidente da AMOSC e prefeito de Cordilheira Alta, Alceu Mazzioni¸ que ressaltou o interesse em participar das reuniões dos Colegiados da entidade para conhecê-los e manifestou sua preocupação com a queda na arrecadação e no repasse dos recursos públicos, que acaba afetando todas as secretarias e também a política de assistência social. Por fim, Mazzioni, colocou a assembleia dos prefeitos à disposição do Colegiado para definições e encaminhamentos de questões referentes a esta política.

Outro tema apresentado foi a importância de preencher o questionário de Gestão do Trabalho no SUAS, que a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação está solicitando. O documento trará um diagnóstico sobre os trabalhadores no Estado.

Além disso, ocorreu apresentação pelo Grupo de Trabalho sobre o reordenamento do serviço de convivência e fortalecimento de vínculos para idosos. O serviço está tipificado na proteção social básica do SUAS e é realizado com grupos de 15 a 30 idosos, em situação de vulnerabilidade e risco, inseridos no cadastro único, e preferencialmente os usuários dos programas de transferência de renda – benefício de prestação continuada e bolsa família.

As estatísticas apontam que a população idosa está crescendo e o envelhecimento é visto como uma "revolução silenciosa" porque mudou a face das populações de todo mundo. Dados da ONU, revelam que a população idosa mundial era de 8% em 1950, em 2010 esse percentual passou para 11 e a estimativa é de que chega a 22% em 2050. O número de pessoas idosas no mundo com mais de 100 anos deverá aumentar de 145 mil para 2,2 milhões em 2050. No Brasil em 2050, para cada 100 habitantes de 0 a 14 anos teremos 172,7 pessoas idosas, segundo dados do IBGE.

A assistente social da AMOSC, Erli Terezinha Abreu, reforçou a necessidade em implantar o serviço nos municípios, pois esta população está crescendo e necessita de políticas públicas que atendam suas demandas, principalmente na prevenção do rompimento de vínculos familiares e comunitários, evitando o isolamento social.

MB Comunicação