Santa Catarina conta com sistema inédito de defesa civil

Apresentar um sistema de prevenção, estruturar equipes de técnicos para atendimento aos cidadãos e divulgar os investimentos na área no Estado. Com estes objetivos foi realizado o Seminário Regional da Defesa Civil de Santa Catarina, na última semana, em Chapecó. O evento foi uma promoção da Secretaria de Estado da Defesa Civil (SDC) e da Federação Catarinense de Municípios (FECAM), com apoio da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC).

Participaram mais de 150 pessoas entre prefeitos, vice-prefeitos, vereadores, secretários municipais, técnicos da defesa civil, assistentes sociais, pedagogos, advogados, técnicos de organizações não-governamentais, representantes da área da saúde, educação, habitação, comunicação, infraestrutura e obras e funcionários públicos municipais.

Para o presidente da AMOSC e prefeito de Cordilheira Alta, Alceu Mazzioni, o Seminário Regional foi positivo por trazer informações para os municípios da microrregião e por ajudar a conscientizar a sociedade, por meio da formação e da capacitação. "Pela primeira vez o Estado se organiza para atender intempéries com estrutura humana, na maneira de como reagir nestas situações, para depois chegar ao suporte técnico e de infraestrutura para prevenção", comentou.

Mazzioni reforçou que as administrações municipais precisam ter equipes treinadas e aptas a atender em situações de emergência de maneira planejada e organizada. "Em nossa região algumas situações são mais preocupantes como enchentes, chuvas de granizo, secas e deslizamentos. Por isso, no caso da estiagem recorrente é necessário ter políticas públicas e ações de prevenção como cisternas e incentivos aos agricultores", observou.

INVESTIMENTOS

O Secretário da SDC, Milton Hobus, destacou os investimentos realizados pelo Governo Estadual na aquisição de equipamentos de última geração e na implantação do Centro de Monitoria e Alerta, que visa preencher os vários radares metereológicos do Estado – para ação preventiva.

Os 295 municípios catarinenses receberão kits da Defesa Civil, contendo computador, impressora, GPS, máquina digital, linha de rádio amador, televisão de 42 polegadas e capa de chuva. Tudo isso para fazer o mapeamento da área de risco em tempo real. "Santa Catarina está fazendo um investimento histórico para a estruturação da informação e em obras para minimar os efeitos de desastres, pois foram R$ 600 milhões na primeira fase e serão mais R$ 600 milhões na segunda", justificou.

Para a região Oeste, Hobus anunciou a contratação de estudo para enfrentar a estiagem e outras questões pontuais. O levantamento apontará alternativas de médio e longo prazo para o abastecimento de água aos humanos e animais. "Existem várias alternativas para fazer um trabalho sustentável, que não seja apenas a perfuração de poços. Queremos estruturar corretamente as ações para mitigar e não ter atividades paliativas", complementou. A previsão é de o processo licitatório esteja concluído em três meses.

As capacitações ocorrerão em todas as regiões do Estado, iniciando por meio dos Seminários Regionais, que visam mostrar a importância de dar a resposta no tempo certo. Hobus antecipou que será lançado o programa de educação em Defesa Civil nas Escolas. Além disso, o sistema de monitoramento e alerta permitirá a interatividade com o cidadão catarinense. "O resultado será a produção de alertas mais eficazes e uma nova consciência de prevenção da população catarinense", finalizou.

 MB Comunicação