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A violência e a exploração sexual contra crianças e adolescentes é um tema que têm mobilizado gestores municipais e profissionais que atuam no setor. Os altos níveis de ocorrência têm sido motivo de grande preocupação nos municípios. Somente em Chapecó, o Conselho Tutelar, porta de entrada das denúncias e do atendimento local, tem recebido mais de 15 denúncias confirmadas por semana.

Com objetivo de debater a realidade atual e buscar medidas para reduzir esses tristes índices, aconteceu nos dias 16 e 17 de julho, no Centro de Cultura e Eventos Plínio Arlindo de Nes, em Chapeçó, o I Seminário Regional pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infanto-Juvenil da Região da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina – AMOSC. A finalidade é, também, articular propostas de enfrentamento junto à rede de atendimento de crianças e adolescentes, assim como tratar sobre ações para o atendimento às crianças e adolescentes vítimas da violência sexual e suas famílias.

Participaram do evento cerca de 2000 pessoas, entre gestores municipais, conselheiros das políticas públicas de assistência social, educação, saúde, direitos de crianças e adolescentes, professores, estudantes, trabalhadores do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, Universidades e Rede de Atendimento. A Associação dos Municípios do Oeste de SC – AMOSC é uma das entidades apoiadoras e esteve presente na organização do evento por meio de sua assistente social, Erli Abreu.

A viabilização do seminário foi possível a partir da articulação de diversas entidades, sob a coordenação do Fórum Regional pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil e organização pelo Gapa Chapecó – Grupo de Apoio e Prevenção a AIDS. Da realização participaram prefeituras municipais de Chapecó e Pinhalzinho, Secretaria de Desenvolvimento Regional – GERED, Ministério Público, Poder Judiciário de Santa Catarina, Assembléia Legislativa, juntamente com diversas Universidades, entre elas, a Unochapecó, UFFS, UCEF e a UNOESC. Também foram parceiros a Aurora Alimentos/Fundação Auri Bodanese e Siticom Chapecó.

Violência e exploração sexual
O tema Violência e Exploração Sexual Infanto-juvenil tem sido tratado na região da AMOSC de forma diferenciada, principalmente, nos últimos 15 anos. O trabalho desenvolvido, durante este período, tem desencadeado muitas discussões nos vários espaços e principalmente, culminando com acentuado número de denúncias. Instituições e profissionais têm relatado dificuldades ao realizar o atendimento e indicam a necessidade de capacitação específica.

O Fórum Regional pelo Fim da Violência e Exploração Sexual Infantojuvenil da Região da AMOSC tem sido um dos principais responsáveis, juntamente com as Prefeituras Municipais pelo encaminhamento de ações de combate a este tipo de violência. Enfrentando certas limitações, tem desenvolvido inúmeras atividades objetivando dar visibilidade à violência e a exploração sexual de crianças e adolescentes.

Igualmente, tem trabalhado no sentido de preparar as pessoas que atuam em instituições e entidades que prestam atendimento com a intenção de compor a rede de atendimento às vítimas, famílias e agressores. Segundo a AMOSC, o desenvolvimento das ações de enfrentamento tem sido pautadas pelo que preconiza o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual Contra Crianças e Adolescentes.