A melhoria na qualidade da água oferecida à população catarinense e a importância de manter o registro de todos os dados sobre os procedimentos de tratamento, distribuição e análise foram abordados na última segunda-feira (19), durante o treinamento referente à implantação do "Sistema de Informações sobre Saneamento da ARIS – SISARIS Módulo Água", nos municípios atendidos pela Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento (ARIS).
A capacitação foi uma iniciativa da Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC) e do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Meio Ambiente (CIDEMA). Participaram do curso, em Chapecó, os servidores municipais ligados ao setor de abastecimento de água/saneamento, responsáveis pela manutenção dos Sistemas Municipais de Abastecimento e do setor de vigilância sanitária dos oito municípios da microrregião que possuem sistema próprio, cujo controle de qualidade da água potável é realizado pelo Programa de Gerenciamento das Águas (Proágua), do CIDEMA.
"O foco principal foi sensibilizar os responsáveis sobre a importância de informar corretamente todos os dados na planilha. Recentemente, foi divulgado um relatório parcial dos primeiros seis meses do ano e percebemos que não houve cuidado no preenchimento das informações. Isso foi um alerta, porque ao não preencher todos os campos ou declarar dados incorretos não haverá uma representação da realidade", observou a engenheira Cristina Amaral que abordou o que é o sistema, como funciona, para que serve e sua importância.
O SISARIS é um sistema de informação do saneamento (água, esgoto, resíduos sólidos e drenagem pluvial) desenvolvido pela ARIS em ambiente simples e funcional, utilizando-se de planilhas (excel) para que o prestador informe facilmente os valores dos parâmetros básicos mensais, trimestrais e semestres analisados de acordo com o estipulado na portaria 2914/2011 do Ministério da Saúde. O sistema está funcionando há um ano e meio e serve para traçar um histórico ao longo do tempo, é uma ferramenta para as fiscalizações e apoia na tomada de decisões.
De acordo com Cristina, o papel da ARIS é de monitorar a qualidade da água distribuída no território catarinense, o que é feito através dos dados informados pelos prestadores de serviço ou pelas administrações municipais. Primeiramente, os municípios recebem os manuais e o CD que contém as planilhas que devem ser preenchidas e enviadas por e-mail à agência. As informações integram um banco de dados atualizado mensalmente, que divulgará os resultados e apontará os maiores problemas.
Os 134 municípios consorciados a ARIS recebem vistorias e relatórios do que precisa ser alterado, para a melhoria da qualidade da água. Neste momento, a agência está orientado e treinando os profissionais. Futuramente, serão feitas fiscalizações para verificar as adequações, caso não tenham sido feitas serão aplicadas multas às prefeituras. "Nosso intuito é mostrar à população como está a água do seu município. Neste sentido, as concessionárias ou prestadores do serviço precisam se organizar e elaborar estratégias para investir onde realmente há necessidade", explicou a engenheira.
No treinamento, o diretor da ARIS, Adir Faccio, apresentou os objetivos da entidade e o engenheiro Rafael Crestani abordou os conceitos gerais da regulamentação da Lei 11.445/2007 e a necessidade da elaboração dos Planos Municipais de Saneamento Básico (PMSB), um instrumento onde são definidas as prioridades de investimentos, os objetivos, as metas e a forma de orientar a atuação.
MB Comunicação
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