A luta pela aprovação da lei dos royalties continua em 2012

Prefeito de Cordilheira Alta Ribamar Assonalio avalia os avanços da AMOSC

 

A defesa do municipalismo esteve presente em todas as ações desenvolvidas em 2011 pela Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (AMOSC). O ex-presidente da entidade, Ribamar Alexandre Assonalio, ressalta que o maior embate do ano passado foi a lei dos royalties do petróleo e, consequentemente, a busca pela divisão igualitária entre todos os municípios brasileiros.

Assonalio com 37 anos de idade, casado com Eliane Boschetti, é graduado em Administração, Contabilidade e pós-graduado em Gestão de Cidades. Filiado ao PSD, o dirigente é natural de Cordilheira Alta, onde disputou sua primeira eleição em 2008 para chegar à Prefeitura. Atuou em cargos técnicos de primeiro escalão nos municípios oestinos de União do Oeste, Planalto Alegre e Abelardo Luz.

Nesta entrevista, Assonalio avalia a gestão, bem como as atividades desenvolvidas pela AMOSC em 2011.

Como o Sr. avalia o ano de 2011?

Ribamar Alexandre Assonalio – O ano foi de muito trabalho e de defesa do municipalismo. Participamos de várias atividades na esfera Federal na busca da concretização das reivindicações do município, da microrregião e também junto a Confederação Nacional de Municípios (CNM) e Federação Catarinense de Municípios (Fecam). Tudo isso com a intenção de aumentar os recursos para os municípios, para investimentos na melhoria da qualidade de vida da população com o apoio dos Governos Federal e Estadual. Com as prefeituras, a equipe da AMOSC trabalhou questões relacionadas à organização interna, projeto da cartografia urbana, assessoria e consultoria.

Em 2011, quais foram os objetivos prioritários da entidade?

Ribamar Alexandre Assonalio – A prioridade foi a defesa do municipalismo com as participações na Marcha dos Prefeitos, as viagens feitas à Brasília para interceder e destacar a importância da votação e aprovação das emendas constitucionais que fazem referência à saúde e aos royalties do petróleo. A AMOSC se manifestou publicamente pela aprovação da Lei dos royalties, pois a medida trará recursos para todos os municípios que poderão aplicar em infraestrutura, saúde e educação.

As metas definidas do início do mandato foram alcançadas?

Ribamar Alexandre Assonalio – Algumas metas delineadas no começo do mandato, com o auxílio dos demais prefeitos, voltadas ao saneamento básico não foram concretizadas em função da burocracia e do prazo. Porém, estão bem encaminhadas para a gestão do prefeito de Quilombo, Lenoir Bigolin, pelo auxílio do Governo Estadual na elaboração do Plano Municipal de Saneamento, que será entregue neste ano. Além disso, a AMOSC, em parceria com a Casan e a Unochapecó, iniciou as tratativas para desenvolver o projeto de engenharia que aborda as redes de saneamento e esgoto dos municípios, na primeira etapa da microrregião e depois no Estado. Este assunto está bem adiantado!

Em 2011, quais foram as principais conquistas da AMOSC?

 Ribamar Alexandre Assonalio – A primeira conquista da entidade é contínua: a representatividade estadual e federal das atividades desenvolvidas, principalmente na organização interna dos municípios nas áreas da contabilidade, engenharia, serviço social, educação e saúde. Outra referência deste ano é a ampliação do atendimento do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste de Santa Catarina (CIS/AMOSC). Além disso, a entidade é modelo para outras Associações de Municípios, pois recebemos convites do Rio Grande do Sul para apresentar o funcionamento da AMOSC, de como ela contribuiu na organização e no fomento do desenvolvimento regional. Também tivemos batalhas nos processos dos projetos para os municípios e conseguimos a liberação de recursos dos Governos através do assessoramento da entidade.

Como o Sr. avalia a prestação de serviço da AMOSC?

Ribamar Alexandre Assonalio – A evolução da prestação de serviço da entidade é muito grande. Os profissionais da AMOSC ensinam como fazer e é oferecida a estrutura necessária para que as organizações iniciem suas atividades. O objetivo é de ampliar sempre, dentro das possibilidades, pois há limite físico e de equipe. Em 2011, a Associação de Municípios teve grande participação na sociedade e buscou a integração com outras entidades no intuito do fomento. Essa iniciativa também possibilitou definir um outro caminho da AMOSC, que são atividades ligadas diretamente às comunidades. É necessário fazer uma referência à equipe técnica da entidade, pois são profissionais altamente qualificados, com ações voltadas ao apoio e colaboração dos municípios. Eles têm espírito empreendedor de buscar se informar sobre as novidades e as possibilidade de crescimento para a região. São pessoas comprometidas com a gestão administrativa.

Como o Sr. avalia o seu mandato frente à entidade?

Ribamar Alexandre Assonalio – É um orgulho ter no currículo a presidência da AMOSC, uma associação de renome estadual e nacional que tem como princípio a defesa do municipalismo e o desenvolvimento regional. As ações são desenvolvidas em grupo e não com pensamento individual. A experiência é única, pois amplia os conhecimentos administrativos, voltados a melhorar a gestão pública. O cargo também possibilita a abertura de muitas portas, em função da atividade político-administrativa. Gostaria de agradecer a equipe da AMOSC pelo auxílio durante este período em que estive à frente da entidade, pois recebi apoio, orientação e conselhos que me tornaram uma pessoa mais aprimorada e consciente sobre a administração pública.

Para 2012 a aprovação da emenda dos royalties será uma das prioridades?

Ribamar Alexandre Assonalio – A aprovação da lei da liberação dos royalties de petróleo continuará sendo uma bandeira da AMOSC, pois a medida trará recursos de suma importância para a nossa região. Essa é uma questão justa e que a presidente Dilma Rousseff deve pensar com muito carinho, porque todos os municípios serão ganhadores e não somente uma classe selecionada. A entidade buscará ferramentas e parceiros para que essa lei seja aprovada e venha a beneficiar todos os municípios pertencentes à microrregião.