Municípios da Região Amosc apresentam práticas de Escola em Tempo Integral no 1º EPREI-SUL
Nos dias 10 e 11 de outubro de 2024 foi realizado o 1º Encontro de Pesquisa e Redes de Ensino em Educação Integral da Região Sul (EPREI-SUL). O evento reuniu mais de 700 pesquisadores, gestores municipais, professores e profissionais da educação para discutir práticas e reflexões sobre a escola em tempo integral. O encontro foi promovido pela Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), em parceria com o Grupo de Estudos em Educação Integral de Santa Catarina (GEEI-SC) e com a Associação dos Municípios do Oeste de Santa Catarina (Amosc), além de outras instituições e associações.
Com o tema central “Tecendo o pensar e o fazer: práticas e reflexões na construção da escola em tempo integral”, o encontro promoveu debates sobre políticas públicas e práticas pedagógicas. A programação do evento foi repleta de atividades, incluindo mesas-redondas, conferências, paineis de experiências e momentos culturais. Participantes também apresentaram trabalhos científicos nas modalidades Comunicação de Pesquisa e Relatos de Experiências, destacando desde TCCs até teses de doutorado e práticas de gestão da educação integral
Os municípios da Região da Associação expuseram suas práticas desenvolvidas nas Escolas de Tempo Integral, dentre os mais de 100 projetos vindos dos estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul, estiveram Águas Frias, Chapecó, Paial, Formosa do Sul, Pinhalzinho, Nova Itaberaba, Cordilheira Alta, Jardinópolis, Santiago do Sul, além de outros municípios presentes. Os representantes das escolas e das redes municipais puderam relatar para os visitantes como está sendo desenvolvido o trabalho em tempo integral nas escolas.
A coordenadora Geral de Educação Integral e Tempo Integral do Ministério da Educação (MEC), Raquel Franzim, relembra que o Encontro de Pesquisa e Redes de Ensino em Educação Integral da Região Sul é a junção de um processo formativo iniciado logo nos primeiros meses do ano de 2024 e abrange todo o país. “Esse encontro é uma culminância, uma celebração. Talvez o ponto ápice do encontro foi essa troca de experiências e de modos de fazer educação em tempo integral, numa perspectiva da educação integral nos três estados da região sul”, afirma a coordenadora.
Visita Técnica Pedagógica
No primeiro dia do evento, uma Visita Técnica Pedagógica foi realizada na Escola em Tempo Integral Bela Vista, em Nova Itaberaba. Essa visita contou com a presença de representantes do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, do Ministério da Educação, secretários de educação, universidades da Bahia, do Pará, do Rio Grande do Sul, do Paraná e a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), além de representantes da Secretaria de Estado da Educação. O colegiado de educação da Amosc acompanhou a atividade, reforçando o compromisso com o avanço da educação integral na região.
A escola, que iniciou o atendimento em tempo integral em 2018 como alternativa para evitar seu fechamento, atualmente recebe alunos da comunidade local e de áreas urbanas, atendendo crianças desde a pré-escola até o 5º ano. Segundo a coordenadora do Colegiado de Educação da Amosc, Idete Munarini, a experiência proporcionada pela escola vai além do ensino tradicional, incluindo atividades ligadas ao cuidado com o ambiente escolar, hortas, pequenos animais e o chamado “mato pedagógico”, onde as crianças têm aulas práticas em contato com a natureza. Segundo Idete, a Escola Bela, de Nova Itaberaba, se tornou referência para outras escolas do estado e de regiões vizinhas. “A política de tempo integral implementada é uma iniciativa sólida e contínua, focada no protagonismo das crianças e no envolvimento da comunidade” , explica Idete.
Segundo a Coordenadora Geral de Educação Integral e Tempo Integral do MEC Raquel Franzim, a visita à Escola Municipal do Campo Bela Vista proporcionou aos participantes a chance de vivenciar uma experiência de uma educação em Tempo Integral. “A escola respeita profundamente as particularidades e o modo de vida da comunidade local, integrando esses elementos ao currículo. A horta, o mato pedagógico e o cuidado com os animais são exemplos de como a cultura rural é valorizada e ampliada, criando oportunidades para que os estudantes desenvolvam competências e habilidades, assegurando seus direitos de aprendizagem”, destaca a Coordenadora. Ela acrescenta que a experiência foi sólida e rica, servindo de inspiração para que outras secretarias formulem e implementem políticas de tempo integral.